ParaTodasAsMarias

Pacientes com câncer sofrem com mamógrafos quebrados no Inca, Rio

14 de dezembro de 2016

Dois equipamentos estão quebrados. Pacientes estão voltando pra casa sem prazo para realizar o exame, que é primordial para o tratamento.

 

Várias pacientes do Instituto Nacional do Câncer (Inca III), em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, estão sofrendo com a falta de mamógrafos na unidade. O hospital é referência no tratamento de câncer de mama, mas está com os dois mamógrafos quebrados.

Os aparelhos são muito importantes para acompanhar o tratamento da doença, mas quando as pacientes chegam ao hospital, para a consulta que está marcada há meses, não conseguem ser atendidas e voltam para casa sem um novo prazo.

O Inca passou por uma vistoria feita pela Defensoria Pública e pelo Conselho Regional de medicina em novembro deste ano. Eles verificaram que, além dos mamógrafos, o tomógrafo também estava quebrado desde maio. O hospital recebeu um prazo de 30 dias para solucionar o problema. O Prazo termina no próximo dia 20 de dezembro.

Uma das pacientes que aguardava há meses pelo atendimento, chegou ao Inca e voltou para casa sem resposta. Para tentar adiantar o tratamento, ela chegou a fazer o exame na rede particular, mas o médico da unidade não aceitou e disse que os exames tinham que ser feitos no próprio Inca.

“Gastei quase mil reais. Fiz a biópsia de R$ 500, mais a mamografia, exame de sangue, cheguei aqui e tive que fazer tudo de novo, sendo que está quebrado o aparelho. Voltamos pra casa. Chegamos aqui 6h da manhã e fomos saber disso já era 11h. Nem a preocupação de ligar pra gente, porque a gente mora em Belford Roxo, tivemos q sair de casa 4h e voltamos pra casa sem nada”, disse a paciente Andrea Lima.

Segundo a paciente, o equipamento não tem prazo para ser consertado. Katia Rosa também é uma das pacientes que esperou quase três meses para agendar o atendimento, que não aconteceu. “Demorou bastante e ontem tive uma consulta e não consegui fazer um exame. Pediram que eu aguardasse em casa para esperar que viesse marcar esse exame porque estava com defeito esse aparelho. Isso é muito difícil pra nós que estamos aguardando”, disse Katia Rosa.

O Inca informou que está aguardando a compra de um novo equipamento, mas que há um processo de licitação e não há um prazo certo.

 

Fonte: G1 RJ, 14/12/2016

Quem já apoia a causa