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Falta de insumos impede diagnóstico de câncer de mama em Niterói

13 de março de 2017

Prefeitura diz que situação na Policlínica da Mulher será normalizada

O câncer de mama é a segunda maior causa de mortes entre as mulheres no continente americano, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), provocando 92 mil óbitos em 2012. No entanto, em pleno Dia Internacional da Mulher, a realização de exames de diagnóstico da doença estava prejudicada, em Niterói, por falta de insumos básicos. Em visita à Policlínica de Especialidades da Saúde da Mulher Malu Sampaio, no Centro, a Comissão de Saúde da Câmara dos Vereadores constatou que faltam pistola de punção e sua agulha, usadas para realizar biópsias em ambulatórios, um procedimento menos invasivo do que a biópsia intrauterina, que também custa mais aos cofres públicos.

Segundo o vereador Paulo Eduardo Gomes (PSOL), a unidade também vem tendo problemas para realizar mamografias, através de um laboratório terceirizado. A agenda estaria fechada para novas marcações, porque os pagamentos não seriam feitos desde setembro do ano passado. Com isso, diz ele, não estão sendo marcados novos exames para as pacientes.

– A política de saúde da mulher é negligenciada há anos, e a Policlínica Malu Sampaio está abandonada. Não adianta a prefeitura promover homenagens às mulheres e deixar faltar insumos fundamentais para a prevenção e detecção do câncer de mama — critica o parlamentar.

Paulo Eduardo afirma ainda que pediu informações à prefeitura sobre a situação da unidade:

– Se não tivermos respostas imediatas, vamos novamente levar o caso ao Ministério Público.

Segundo a Fundação Municipal de Saúde (FMS), os estoques desses insumos acabaram em fevereiro. A FMS afirma ainda que a compra para a reposição já foi realizada, e que esta semana tudo estará normalizado. Sobre a realização de mamografias, a fundação negou problemas na marcação dos exames. Disse que as mamografias estão sendo realizadas na Policlínica de Especialidades Sylvio Picanço, também no Centro, e que diariamente são realizados cerca de dez procedimentos.

A FMS também nega que haja atrasos nos pagamentos ao laboratório conveniado: “Todos os repasses de 2016 foram realizados. A Fundação Municipal de Saúde aguarda que a instituição envie as notas deste ano para então realizar o faturamento”, afirmou, através de nota.

 

Com informações de O Globo, 13/03/2017

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